A lesão de cartilagem nos joelhos é comum, sendo identificada em aproximadamente 60% das cirurgias por videoartroscopia. Pode aparecer decorrente de lesão traumática aguda, microtraumas crônicos degenerativos, defeitos de desenvolvimento ou fatores metabólicos adquiridos.
Tipicamente, quem apresenta lesão de cartilagem no joelho tem queixa de dor às atividades esportivas e diárias associado ou não a derrame articular. As lesões maiores ainda podem cursar com bloqueio e apreensão da articulação.
Muitos suplementos e medicamentos são ingeridos com a finalidade de atuarem na recuperação da articulação. Seguindo o último Guideline da Academia Americana de Ortopedia (setembro de 2013), recomenda não utilizar alguns, como a glucosamina e condroitina. Infelizmente, nos dias atuais, ainda não encontramos nenhum medicamento que tenha uma eficácia comprovada nas lesões de cartilagem durante longo período de seguimento.
O mais importante continua sendo o diagnóstico. Deve- se descobrir a causa da lesão. Como proceder para evitar a progressividade da doença. Nos casos necessários, aonde o tratamento conservador for insuficiente, o ideal é optar por procedimentos cirúrgicos.
Atualmente, é possível fazer o tratamento conforme a necessidade e o tipo de lesão de cada pessoa. Desde estímulos com microperfurações, passando por transplantes autólogos osteocondrais, estimulações com PRP (plasma rico em plaquetas) e células tronco, até implante de membranas com condrócitos.
O mais importante é entender que quanto mais cedo diagnosticado e tratado, maior chance de sucesso com os diferentes métodos atuais.